Invasões em São Paulo - 22.08.2013

Reportagem do G1 (aqui) mostra que grandes áreas pública e particular em São Paulo, no bairro do Grajaú, foram invadidas.

Não é difícil concluir que toda sorte de mazela em uma cidade nasce da ocupação desorganizada de grandes espaços, alijada da interferência técnica de profissionais urbanistas, sejam eles do Estado, no caso o município de São Paulo, ou particulares, planejando a ocupação, o adensamento populacional e prevendo, o que é o mais importante, a viabilidade e o efetivo acesso aos serviços públicos essenciais.

Se o Brasil quer de fato 'se consertar', o correto é loteamento NOS TERMOS DA LEI, em área que tenha sido desapropriada ou destinada por técnicos do CDHU.

A invasão de área pública e particular, se incentivada ou não por grupos com ideologia contrária à ordem, além de possivelmente poder ser tipificada como crime (esbulho possessório, art. 161, inc. II do CP), concorre para o desprestígio das instituições democráticas que devem ser preservadas por todos. A violência, o concurso de pessoas para o cometimento de crimes, o ataque ao direito alheio deve ser coibido. A omissão da maioria, sabemos, vai levar o Brasil ao caos em pouco tempo.

Comércio já se 'estabelece'

Por envolver também área pública, vale lembrar, cabe à Polícia Civil de ofício investigar, sem a necessidade de queixa.

A entrevista com os supostos invasores mostra que estavam orientados a como proceder após a invasão, criando lotes de 5 metros de frente por 25 metros da frente aos fundos, e 'ruas' de 7 metros de largura, todas, claro, sem os serviços básicos (fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e distribuição de energia).
Invasão vista do alto

As imagens mostraram que os barracos estão sendo construídos de madeirit, com exceção de um invasor, curiosamente o único não identificado pela reportagem, mais bem vestido, com bom par de óculos, que tomou para si, como alegou, grande imóvel de alvenaria, dizendo que fizera pintura, retoque, etc.

Invasor com seu automóvel

Este invasor tomou a casa de alvenaria

As imagens e o áudio da reportagem mostram que já há arames defensivos já instalados.

Ofendículos já colocados


Material descarregado por caminhões


Focos de fumaça em vários pontos
No site da Prefeitura (vide abaixo), informa-se que o local, próximo à represa Billings ao logo e em torno do Ribeirão Cocaia, o Parque Linear Cocaia prevê em seu projeto a recuperação do córrego, a preservação e o adensamento da vegetação da região e a instalação de estrutura e equipamentos de lazer e esporte, tais como quadras poliesportivas, quadras de futebol society, playgrounds, aparelhos para ginástica, trilhas, ciclovia. Ou seja, isto tudo está comprometido.



(imagens do site do G1)