Reportagem do G1 (aqui) mostra que grandes áreas pública e particular em São Paulo, no bairro do Grajaú, foram invadidas.
Não é difícil concluir que toda sorte de mazela em uma cidade nasce da ocupação desorganizada de grandes espaços, alijada da interferência técnica de profissionais urbanistas, sejam eles do Estado, no caso o município de São Paulo, ou particulares, planejando a ocupação, o adensamento populacional e prevendo, o que é o mais importante, a viabilidade e o efetivo acesso aos serviços públicos essenciais.
Se o Brasil quer de fato 'se consertar', o correto é loteamento NOS TERMOS DA LEI, em área que tenha sido desapropriada ou destinada por técnicos do CDHU.
A invasão de área pública e particular, se incentivada ou não por grupos com ideologia contrária à ordem, além de possivelmente poder ser tipificada como crime (esbulho possessório, art. 161, inc. II do CP), concorre para o desprestígio das instituições democráticas que devem ser preservadas por todos. A violência, o concurso de pessoas para o cometimento de crimes, o ataque ao direito alheio deve ser coibido. A omissão da maioria, sabemos, vai levar o Brasil ao caos em pouco tempo.
![]() |
Comércio já se 'estabelece' |
Por envolver também área pública, vale lembrar, cabe à Polícia Civil de ofício investigar, sem a necessidade de queixa.
A entrevista com os supostos invasores mostra que estavam orientados a como proceder após a invasão, criando lotes de 5 metros de frente por 25 metros da frente aos fundos, e 'ruas' de 7 metros de largura, todas, claro, sem os serviços básicos (fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e distribuição de energia).
![]() |
Invasão vista do alto |
As imagens mostraram que os barracos estão sendo construídos de madeirit, com exceção de um invasor, curiosamente o único não identificado pela reportagem, mais bem vestido, com bom par de óculos, que tomou para si, como alegou, grande imóvel de alvenaria, dizendo que fizera pintura, retoque, etc.
![]() |
Invasor com seu automóvel |
![]() |
Este invasor tomou a casa de alvenaria |
As imagens e o áudio da reportagem mostram que já há arames defensivos já instalados.
![]() |
Ofendículos já colocados |
![]() |
Material descarregado por caminhões |
![]() |
Focos de fumaça em vários pontos |
No site da Prefeitura (vide abaixo), informa-se que o local, próximo à represa Billings ao logo e em torno do Ribeirão Cocaia, o Parque Linear Cocaia prevê em seu projeto a recuperação do córrego, a preservação e o adensamento da vegetação da região e a instalação de estrutura e equipamentos de lazer e esporte, tais como quadras poliesportivas, quadras de futebol society, playgrounds, aparelhos para ginástica, trilhas, ciclovia. Ou seja, isto tudo está comprometido.
(imagens do site do G1)