Se a intenção é de fato retirar o PT do governo federal, limpando a administração direta e a indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e as sociedades de economia mista) e não só trocar a presidente da República pelo vice, podemos concluir que não basta o impeachment ou a renúncia da presidente.
Será necessária nova eleição. Só a cassação integral da chapa pelo TSE permitirá que afastemos a alternância entre protagonista/coadjuvante que o PMDB deseja. É que de acordo com o que divulgou o site Valor Econômico, o vice Michel Temer, presidente da legenda, sustenta que "O PT pode aderir se quiser" às propostas e, obviamente, ao futuro governo do PMDB - http://www.valor.com.br/politica/4293344/pmdb-propoe-saidas-para-crise-e-diz-que-pt-pode-aderir-se-quiser
O PT no poder, aderindo ao convite de Temer, terá muito mais condição de sabotar a tentativa do Brasil se reerguer do que estando de fora, ainda que com a ajuda quase terrorista de suas linhas de apoio. Se é certo que PT e linhas auxiliares farão muito barulho e darão bastante trabalho às polícias, pode-se imaginar que dentro do poder, o estrago será bem maior.
Todavia, se não houver outro modo de afastar o PT do comando, apenas por falta de opção aceitamos o impeachment, porque melhor mesmo seria logo a cassação e novas eleições com voto impresso.